terça-feira, 26 de julho de 2011

“Perdoe com gratidão aqueles que não te amam.”


É agora Será que eu consigo?  Eu encaro rapel. Encaro ladrão. Encaro o sol quente. Encaro a dor mas por muito tempo eu não consegui me encarar completamente no espelho.  Domingo eu voltei a um lugar que me trouxe muitas lembranças e durante tanto tempo eu não consgui sequer levantar a cabeça e olhar. Era uma igreja. Não que eu não ande em igrejas. Era AQUELA igreja. Onde um dia eu fui tão feliz que pedi pra Deus por favor, que aquilo nunca acabasse. Obrigada Deus, por nunca me escutar! Você tem muito mais bom senso do que eu. Hoje parece divertido. E ao me sentar lá eu fiquei tão chocada por só conseguir ter lembranças boas. Foi inusitado. Procurei, procurei, procurei a dor.. nada. As noites sem dormir com um aperto na garganta que tirava a respiração? Fiz esforço pra lembrar.  A ligação desesperada às 3 da manhã, por favor, por favor, me tira daqui? Parecia um filme mal feito e distante. Os calmantes,  a angustia, a vontade desesperada de ligar e a pergunta presente no meu inconsciente o tempo todo (Por que?) Não vi.
Eu nunca falo sobre isso. Não com seriedade.Não da maneira que deveria falar. Sei lá, nunca superei. Faço piada. Rio o tempo todo. Passei pela mesma descoberta a segunda vez e agora olhando pra sentimentos muito mas enraizados, consistentes e verdadeiros.. e eu consegui. Então porque as vezes, à noite eu ainda acordava como aquilo nunca tivesse passado? Porque no dia da formatura que o acaso me levou a presenciar  quando eu cheguei em casa eu chorei tanto? Porque eu simplesmente não consegui? Perdoar é fácil? Pra quem? Pra quem quer ser perdoado ou pra quem quer perdoar? Eu quis muito perdoar esse tempo todo, virar logo essa página e continuar mas eu não consegui. O perdão não veio. Achei que não chegaria nunca. Chegou. 
Perdoe com gratidão aqueles que não te amam. 
Não foi a ausencia de amor que eu tive que perdoar. Não foi a não reciprocidade de sentimentos porque vá lá.. eu não me apaixonei. Ou melhor, eu nunca amei. Foi ter feito papel de boba? Já fiz várias vezes, não me importo.
Foi a crueldade. A crueldade de pegar os sentimentos alheios e manipular a seu favor,de se aprovetar justamente dessa falta de amor e preenche-la com mentiras e sentimentos vazios, é ter consciencia daquilo que se quer e de fato se é e se esconder atrás de mim. Atrás de uma menina. Atrás de uma flor, de um cartão, de uma aula, de um sorriso, de uma taça de champagne, de uma boneca, de uma surpresa, de um beijo. A covardia é que teve que ser perdoada. A pompa. A pressão. O zelo de tudo aquilo que não existia. Achei que relacionamentos se sustentavam sob bases sólidas. Hoje, aceito que eles se sustentem em meio ao nada apenas pela corrente que se forma entre duas pessoas. Eu perdoei o segundo e não consegui me livrar do primeiro. Eu amei o primeiro e bom.. também tentei me esconder trás do segundo. Duas vezes a mesma dor. Duas vezes amor. Duas vezes mais o que?  Acho que hoje eu aguentaria muito mais peso. Naquela época, foi só até onde eu conseguir ir. Então.. acabou a vontade de mudar de calçada. Sou capaz até de abrir um sorriso se eu te ver porque no meio disso tudo, eu também tive que me perdoar. Perdoar ver em mim mesma o egoísmo (cruel) de não aceitar que todo mundo um dia pode errar (precisava errar comigo?)  Errei junto com você. Carreguei esse erro sem sentido durante muito tempo. Agora quero todos esses erros fora, longe daqui. E como eu disse, de tudo, do nada, acabou ficando alguma coisa. Boa. De  coração, estamos quites.
“A única coisa que eu quero é que você seja feliz, da maneira que for, onde tiver que ser, de coração. E os bons momentos que nós passamos juntos, as descobertas que dividimos eu vou olhar pra trás sempre e guarda-las com muito carinho porque eu sempre vi verdade ali. O tempo passou, a gente cresceu, mudou e não tem nada diferente do curso natural da vida do que isso. 
Eu não sei sua história, não sei se é fácil ou difícil mas gostaria muito de poder te abraçar e dizer que a minha admiração por você não muda. Então lute por aquilo que você quer, que te faz feliz, viva sua vida intensamente, ame, desame, curta sem medo, sem vergonha de nada.. porque você merece ser feliz.” 
Isso não se aplica ao segundo e sim ao primeiro que depois virou segundo também. Sei lá, vocês são esquisitos. Bom, divirtam-se. Eu tive que fazer uma escolha e de uma vez por todas, escolhi a liberdade de poder virar essa página.E tantas outras que vierem e eu quiser. Vocês me mostraram o que poucas mulheres podem suportar Me mostraram que eu Posso.  Forevermente.
“..E q a nossa historia, o sentimento puro, inocente.. foi sim tudo de verdade, e tenho mt orgulho de dizer isso! Tb amo vc!”
Vou terminar de escrever isso rindo. Quantas meninas no mundo tiveram dois namorados gays hã?  Termino agradecendo também. Por ter vivido o sonho e o pesadelo, por ter conhecido o melhor e o pior de mim através de vocês.  
“de qualquer forma, eu te asseguro que vai valer a pena tudo que a gente tiver vivido ate la. Porque a vida é assim! Tenha orgulho de você! Eu tenho orgulho de você. Todo sofrimento, magoa e dor que você passoui ate hoje, te transformou nessa pessoa mais sensata, consciente e adulta que você é hoje! Talvez tudo que tu sentindo seja so in-se-gu-ran-ça...”

Aguardando-te, amor, revejo os dias
Da minha infância já distante, quando
Eu ficava, como hoje, te esperando
Mas sem saber ao certo se virias.
E é bom ficar assim, quieto, lembrando
Ao longo de milhares de poesias
Que te estás sempre e sempre renovando
Para me dar maiores alegrias.


Soneto da Espera. Vinícios de Moraes.



(Desabafo de uma pessoa muito especial)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Até o fim..


A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: paixão, nunca mais. Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito para fazer música, poesia e roteiro de cinema. E você inventa. Um amor pra distrair. Um amor pra ins-pirar. Um amor pra trans-pirar. Uma paixão aqui, um quase-amor ali. Ainda bem que existem amigos para amar, abraçar, sorrir, cantar, escrever em recibos e tirar fotos bonitas. E a vida segue. Feliz. Sua imaginação te preenche, seus amigos te dão colo, vodka e dias incríveis. Aí do nada ele surge. Ele. Ele que é diferente de tudo. Ele que é tudo. Mas tudo não existe. Ele sim. Ele existe. E gosta de brigadeiro, de praia, de palavras simples e cinema. Ele que é lindo. Vocês estão ouvindo? LINDO! Lindo por fora, mas infinitamente lindo por dentro. Que tem sonhos molhados, planos no varal e o coração atirado na mala. Ele que não se parece com nada. Ele que combina comigo. Ele não gosta do morno, de mais ou menos, de música feia, nem sentimento pequeno. Ele que me abriu o verbo, me fez chorar, escancarou o coração. Me enxergou por dentro, me chamou de princesa, disse que eu sonhava lindo e me deixou tímida. Entenderam? Ele me deixou tímida! E me contou coisas lindas, conversou sobre todas as besteiras que eu tava disposta, devolveu minha esperança, me fez querer acreditar de novo. Ele que não gosta de beber, que tem o sorriso mais lindo do mundo, que não pára nunca de sorrir. Eu que não paro nunca de lhe buscar e me encontrar… Ai, pára tudo. Eu quero um All Star porque nao vou desistir, eu vou namorar. Eu não gosto de tênis, vivo de salto ou chinelo, mas eu quero um All Star 35 porque eu vou atrás dele. Porque planos nem sempre dão certo e a gente tem que ousar e desafiar a razão: eu vivo para sentir. E eu sinto que quero estar com ele. Agora. Quero viver bons momentos, escrever versos e viver de amor. Sem medo. Sem planos a longo prazo. Vou viver e ser. Vou viver, ser e amar. Vou viver, ser, escrever e amar. Com ele.
Até o fim."

sábado, 23 de julho de 2011

Confesso que ando muito cansado, sabe?




Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertencendo. Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você..."

quinta-feira, 21 de julho de 2011


Você é o filme que eu nunca quis ver porque não queria chorar demais . 
Você é o beijo de cinema que sempre tive medo de não acontecer .
Você era demais pra mim , e eu era demais pra você .
Mas foi numa sala de cinema , com qualquer filmezinho passando na tela , que o nosso filme aconteceu . E ele parece não ter fim . E eu quero que seja assim .
 Quero que os nossos pontos finais , estejam sempre um do lado do outro pra formarem a eternidade que eu quero agora .
Assim como as mãos dadas , os abraços tristes por causa da tristeza do outro , os beijos na ponta do nariz enquanto a boca sorri junto com a alma.
Quero o nosso filme . Só nosso . Só meu . 
Só você . 
E era uma vez , uma menina - mulher que amava . Era uma vez um menino- homem que dizia eu te amo todas as noites .
E fim ... que continue assim .
(

Não Vá Embora

E no meio de tanta gente eu encontrei você.Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar Nunca mais na vida
Eu podia ficar feio só perdido. Mas com você eu fico muito mais bonito.Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim. Mas com você dá certo...
(Marisa Monte)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

meu amor,

       'Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas."

"De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: “Quero pra mim”. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho, as vezes ele também gosta de pregar peças, sei lá, talvez queira provar que também sabe ser vilão. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será..."

Eu costumava dizer que nada no mundo me despertava um sorriso como uma torta de morango e um abraço de quem a gente gosta..aí você apareceu. e bem de mansinho, você foi se transformando numa mistura boa dos dois...uma torta de morango junto com um abraço bemm apertado.. é bom, sabia?  há quase um ano, eu  vinha me privando de gostar das pessoas, de aprofundar as relações. conheci até umas pessoas bacanas, mas nao senti vontade de me arriscar por nenhuma. e gostar de alguém é mais ou menos isso: dar a cara a tapa, se arriscar, tentar. E eu não sei  porque mas, basta eu ouvir sua voz do outro lado da linha pra eu ficar bem,  foi ai entao que resolvi me permitir...
Aceitei seu convite para o cinema..fiquei horas no espelho escolhendo a melhor roupa..acabei vestindo uma coisa bem basica..pois acreditava que seria mais uma saida sem futuro..estava errada..foi uma das melhores noites da minha vida..Eu nao sabia que ia me apaixonar por você..Talvez se soubesse, teria afastado você de perto de mim. Deve ter sido por isso que, quando me vi com uma saudade doída, saudade do seu sorriso..fiquei tão confusa, sem entender o que estava acontecendo comigo..então… eu me apaixonei.! eu tentei esconder de mim pra melhor esconder de voce. mas nao adiantou. é bobagem fazer isso. porquevaleu a pena. todos os momentos. porque dei o meu melhor pra você. porque sei que a gente troca um monte de coisa boa, coisas que vou guardar comigo, coisas que quero levar pelo resto da minha vida..
você se transformou em um monte de coisa…
você é um por do sol que vejo na praia, você é o mar quebrando calmo, você é a chuvinha fina caindo durante a noite você é minha falta de inspiração pra falar sobre dor, você é minha vontade de escrever declaraçõezinhas fofas, você é o sorriso que fica no meu rosto ao ouvir sua voz, você é a vontade louca que eu tenho de ligar e perguntar como voce ta, você é aquele ladinho ali da praia do coqueiro, você é o sorvete de maracujá do araujo, você é a o vento que bate na rede da varanda embalando meu sono. você é a torta de morango de uma quinta-feria a tarde, você é o gosto bom de um beijo roubado em uma conversa..você é o abraço que eu amo sentir, você é o barulho que um serenata faz ao ser aberto...você é a unica pessoa que eu quero ter ao meu lado por muito e muito tempo..
E foi assim..meio que caindo do ceu, que você entrou na minha vida..entrou pra ficar..entrou para arrumar essa bagunça que é meu coraçao..entrou pra tornar meus dias mais felizes ao lembrar do seu sorriso, entrou pra me fazer feliz...assim como tentarei te fazer feliz..prometo cuidar de você, desse amor que ta nascendo..prometo tentar ser a melhor namorada do mundo..a melhor amiga..porque eu que sempre pensei que o tal "final feliz" e o "amor a primeira vista" não existiam..me enganei mais uma vez..Tô apaixonada..tô amando..amando de novo..amando de verdade..TÔ AMANDO VOCÊ. 
(para Arthur Bastos Nogueira)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Por não saber exatamente o que eu quero da vida, vivo fazendo o que não quero. Por não saber amar vivo quebrando a cara, por amar demais vivo sonhando. Por não acreditar nos sonhos vivo me ferrando. Por viver me ferrando vivo me fechando. E por viver me fechando vivo sem amor.  Gosto de todos os bichos e tenho preguiça da maioria das pessoas. Vivo sem sorte no jogo e apostando no amor (alto, diga-se de passagem).
Acredito no amor apesar de ele nao acreditar muito em mim. Acredito em olhares que enxergam fundo e me dá pavor o medo e a esquiva na hora de arriscar e fazer acontecer. Acredito que o bem que fazemos sempre volta e desejo o bem para quase todas as pessoas. Nao acredito em signos, mas respeito todas as crenças. Acredito no amor que cresce aos poucos e desacredito nos de uma noite só.
Não desisto assim tão fácil do que me causou disritmia no peito.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Surto de felicidade


E o que eu sinto é o tal do amor. Aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro amor, que eu achava que não existia mais. Pois existe. E arrebata, atropela, derruba, o violento surto de felicidade causado pelo simples vislumbre do teu rosto. (Lucas Silveira)

sábado, 9 de julho de 2011

O amor bom é facinho

Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?
Eu suspeito que não.
Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.
Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?
Minha experiência sugere o contrário.
Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.
Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.
Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?
Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?
Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?
Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.
Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?
Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.
  (IVAN MARTINS-É editor-executivo de ÉPOCA)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.


Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina

segunda-feira, 4 de julho de 2011


Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo. 
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?

Luis Fernando Veríssimo

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