terça-feira, 31 de maio de 2011

Não faz sentido


Segunda chance..acho que é algo que já nao me permito dar há algum tempo..Chance de sentir, de arriscar, de viver algo novo..Dizem que é normal que isso aconteça depois de grandes descepçoes..mas isso já faz parte de mim..ou fazia..
Quando eu joguei tudo pro alto e me dei uns dias longe do meu mundo, achei que estava dando o primeiro passo para minha liberdade..achei que ia esquecer tudo e começar do zero. Digamos que foi mais ou menos isso que aconteceu..Conheci você..um cara diferente de todos que ja conheci, divertido, meio timido, alegre..depois de um ano, era a primeira vez  que ia poder ser eu mesma ao lado de um cara. Gostava de você sem nunca ter te visto pessoalmente..Creio que meu maior erro foi ter ido ao seu encontro..Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria..mas era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado(e olha que minha lista é grande).. no fundo eu sabia que nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo..
Prometi não tentar entender e apenas sentir..mas eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer. porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais. Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte. porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. 
Cansei de quem gosta analisando, gosta duas vezes por semana, gosta até as duas e dezoito. Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar. Gostar é essa besta desenfreada mesmo. E não tem pensar. E arrepia o corpo inteiro, mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar. E eu gosto de você porque gostar não faz sentido.

"História escrita a lápis, lápis-borracha para tudo ser mais prático. Escrita de qualquer jeito, torta, em linhas invisíveis. Com um início de perder o fôlego, mas com um eterno três pontinhos num final que nem existe.
Os três pontinhos são o que me matam, ponto final seria a dureza clara e o fim da história, três pontinhos são o que me matam." Tati Bernadi


sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Barbie ganhou vida e tá adorando isso!


E eu ainda escrevo no blog..mesmo ja passando tanto tempo. Escrevo porque é o unico lugar que eu posso dizer aquilo que nao posso gritar para o mundo..ESCREVO PORQUE SEI QUE VOCÊ VAI VER..escrevo pois acredito que cada palavra que aqui coloco é um sentimento que estou tirando de dentro de mim...um sentimento que até algum tempo era bom..
Um dia desses, te vi passar ..nos encontramos no cruzamento na saida da faculdade..você no seu carro, como sempre distraido, não me viu..ou viu e nao reconheceu porque o carro tava diferente..senti vontade de parar e ligar..como eu sempre fazia quando encontrava você por ai..mas dessa vez nao..eu segui..foram os segundos mais importantes da minha vida.. pois foi quando eu percebi que a porta do meu coraçao está fechada, não adianta mais bater. E foi tão bom constatar que não me atinge mais. Não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono. Passa por mim. Mas, não me atravessa. Foi-se o tempo. E foi-se o tempo faz tempo.
Te tenho hoje como uma lembrança..que sim, as vezes doi..mas passa..e como passa.. ficar te esperando todo dia,  já não faz parte dos meus dias. Olha, seguir sem você não é tao dificil quanto eu pensei!..Se já coloquei alguem no seu lugar? De verdade? Não! Sabe por que? Porque estou feliz..meu coraçao tá feliz..e tô levando minha vida como sempre quis...descobri que as outras letras do alfabeto também tem tanta importacia quanto o "L"..digamos que comecei a dar chance para que elas mostrem o seu valor..parei no "P"..acho que vou ficar aqui por algum tempo..tô bem aqui..me sinto leve, me sinto livre e como já disse: me sinto FELIZ. Aprendi que posso ser feliz sem ter alguem ao meu lado. Minhas amigas estao ai para isso..e nao as troco por homem nenhum dessi mundo..
Ah, lembra que eu nao gostava de quebrar regras? Acredite, quebrei varias nesses ultimos 8 dias. e NAO ME ARREPENDO! A Barbie ganhou vida..não é mais apenas uma boneca que depois de brincar colocamos  de volta na caixa..ela agora tem vontade propria..e tá adorando isso!

sábado, 21 de maio de 2011

"Pensando bem,




(...) não era exatamente à isso que eu me referia quando falava de amor. Não era à uma coisa doída, unilateral, pesada e ressentida. Não era, nem de longe, uma conversa sobre arrependimentos e, nem, nenhuma lágrima caía. Pensando bem, quando eu esperava tantas outras coisas do amor, eu, ainda e simplesmente, não compreendia.
As meninas estão aí. Estão aí todas elas como sempre, correndo, fugindo, ficando. Estão todas virando mulheres no meio do caos diário, da eterna vontade de não mais precisar correr por ter tanto medo de tudo, a eterna vontade de ficar onde as mentiras são para o bem de verdade, e as verdades só sabem fazer feliz.
Fazia um ano já. Um ano e ainda mais um pouco.
Eu passava segura e distante de tudo o que cortou um elo porque, se não havia mais conectividade, não havia, tampouco, motivo para se manter, então, qualquer espécie de relação. Mas as coisas na vida da gente voltam à qualquer momento. De repente, de sopetão, do nada, alguma coisa palpita forte lá embaixo, na boca do estômago.
Era pra eu estar rindo de tudo isso já. Era pra eu pensar que as coisas tinham se acertado e que isso tudo era certo.
Mas o caminho foi abrindo na minha frente: a reforma tinha acabado, a pista tinha crescido, fecharam o lugar das nossas confissões mais secretas, abriram um novo restaurante fantástico que nenhum de nós – sendo um nós – chegamos a conhecer. Eram muitas coisas juntas, ao mesmo tempo, contando pra mim vez após vez que a vida tratou de seguir seus rumos mesmo sem eu estar ali, perto de você.
A gente andou tanto aquele dia que o rumo se perdeu. Eu me perdi de você, mas as coisas todas estavam lá, eternizadas bregamente na minha cabeça – e tão somente nela.
Ainda estava lá a pracinha de bairro, com os cachorros todos, o guardinha, os bancos, as árvores, flores, cantinhos e tudo mais que fizesse dalí um lugar romântico ao qual eu nunca tinha prestado a mínima atenção antes porque, antes, o mundo lá fora não importava muito. Só que, agora, o mundo aí fora é tudo o que eu tenho pra me lembrar de tudo.
Ela chorou três litros de lágrimas tristes de verdade na minha frente e eu, simplesmente, não soube o que dizer. Fiquei parada tentando usar alguma eloqüência pra explicar que ela não precisava chorar por ele. Ele não mereceia, ele não sabia, ele era só mais um babaca, só mais um cara que mente, que some, que liga pra manter quente, pra não perder a possibilidade sempre que tiver vontade. Tentei falar que ele era só mais um homem, como são todos os outros, e que, um dia, ela acharia alguém que não ia mais fazer ela se sentir assim.
Quando eu percebi, éramos as duas babacas em prantos. Chorando por todos os fantasmas do passado que não mais estão aqui mas que, também, nunca vão embora de vez.
A pracinha, a avenida, as ruazinhas, as lanchonetes, os lugares de segredo, o meio fio, os cachorros, tudo tão diferente. Mas tudo continuava lá.
E dessa vez, quem foi embora fui eu. Porque, afinal de contas, se a vida andou sem mim, não faz sentido nenhum eu parar por alguém que eu, em algum momento, resolvi deixar pra lá."

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